Cultura Data Driven: como aproveitar ao máximo o potencial dos dados
A cultura data driven está no DNA das empresas mais inovadoras do mundo. Veja como construir um negócio orientado a dados.
A cultura data-driven é a essência das empresas que colocam os dados para orientar uma da tomada de decisão.
Ela representa a nova forma de gerenciar negócios na era digital, que não admite mais “achismos” e exige uma base concreta para justificar qualquer ação.
Quando uma empresa tem o DNA data-driven, todos os colaboradores têm acesso à informação e sabem usar o poder dos dados para tomar decisões mais inteligentes, e compartilham entre si a visão analítica do negócio.
Mas não é tão simples construir essa cultura, pois não basta ter as tecnologias certas: é preciso engajar pessoas e mudar hábitos.
Hoje, vou compartilhar com você meu conceito de cultura data-driven e um pouco da minha experiência com empresas orientadas a dados.
Continue lendo e entenda como incorporar o data-driven no seu negócio.
O que é uma cultura Data-Driven
Uma cultura data-driven é uma cultura organizacional orientada a dados, ou seja, um mindset coletivo que coloca os dados na base da tomada de decisão de uma empresa.
Em organizações que adotam essa visão, todas as áreas compartilham dados entre si e a “gestão por intuição” é substituída por decisões baseadas em dados concretos.
Quando a cultura data-driven é implementada com sucesso, os dados se tornam os ativos mais valiosos do negócio e todos os colaboradores são capazes de acessar os registros, interpretá-los e extrair valor da informação.
Para isso, a empresa precisa investir em soluções de BI (Business Intelligence), analytics, inteligência artificial e tecnologias que viabilizam a gestão dos dados e transformam grandes volumes de dados (Big Data) em insights para o negócio.
Além disso, é preciso democratizar o acesso aos dados, permitindo que todas as áreas usem o capital informacional da empresa para traçar estratégias — e não apenas o CDO (Chief Data Officer), cientistas de dados e analistas especializados.
Dessa forma, é possível tomar decisões mais certeiras, ampliar a vantagem competitiva e promover a colaboração em todos os níveis do negócio, além de elevar o BI a um novo patamar.
Cultura Data-Driven x Estrutura Data-Driven
É importante notar que a cultura data-driven vai além de uma “estrutura data-driven”, pois não adianta ter todas as ferramentas, tecnologias e estratégias se a inteligência de dados não estiver presente na essência do negócio e fizer parte do dia a dia dos colaboradores.
Para que o uso de dados alcance uma dimensão cultural, é preciso garantir que todos os funcionários sejam alfabetizados em tecnologia e que o mindset data-driven esteja presente em todos os níveis da organização, do operacional ao C-Level.
Além disso, a tomada de decisão pautada em dados deve ser um hábito comum a todos e o ponto de partida para qualquer ação e estratégia.
Por isso, a cultura data-driven deve ser entendida não apenas como uma questão técnica/estratégica, mas também como uma questão comportamental.
Para que as pessoas absorvam essa cultura e os dados passem a integrar o DNA do negócio, a empresa precisa ir além da tecnologia e ter uma visão holística do uso de dados.
Por que a cultura Data-Driven é o futuro
A cultura data-driven é uma revolução inevitável dentro das empresas, já que os dados são a base para a construção do futuro dos negócios.
De acordo com as previsões da Gartner, 90% das estratégias de negócios serão baseadas em dados até 2022, deixando para trás os modelos tradicionais de gestão e processos analógicos.
Essa direção fica ainda mais clara quando analisamos a quantidade gigantesca de dados produzidos, armazenados e compartilhados a cada segundo.
Segundo o estudo “Data Age 2025 — The Digitalization of the World”, publicado pela consultoria IDC, a produção de dados deve crescer 61% até 2025, chegando ao impressionante número de 175 zettabytes (cada zettabyte equivale a mais de 1 trilhão de gigabytes).
Ou seja: as empresas que souberem extrair valor desses dados e tomarem a frente da transformação digital deixarão seus concorrentes para trás.
De acordo com a pesquisa BARC’s BI Trend Monitor 2020, que investiga as tendências do mundo do BI (Business Intelligence), “criar uma cultura data-driven” é uma das três grandes prioridades para os profissionais da área no mundo todo, junto à gestão de dados mestres e visualização de dados.
Além disso, um estudo realizado pela PwC em 2016 e publicado pelo Google mostra que as empresas que adotam uma cultura data-driven triplicam sua eficiência na tomada de decisão.
São razões suficientes para acreditar em um futuro data-driven e construir essa cultura desde já, preparando a empresa para um mercado orientado a dados.
Cultura Data-Driven e foco no cliente: a combinação perfeita
A cultura data-driven se torna muito mais poderosa quando os dados são usados para entender melhor a jornada do cliente e entregar exatamente o que ele procura.
Quando toda a empresa está trabalhando com base em dados e focada no cliente, fica muito mais claro o caminho que o consumidor percorre até fechar o negócio e como as equipes podem agir para conquistá-lo em cada etapa.
Por exemplo, o marketing pode usar dados de leads, pesquisas de mercado e dados de interações em redes sociais para traçar as melhores estratégias para captar novos clientes, melhorar a segmentação de clientes nas campanhas e entregar leads qualificados para as vendas.
Ao mesmo tempo, o time de vendas tem todos os dados do CRM, histórico de vendas e perfis de clientes à mão para avançar nas negociações e superar as objeções dos consumidores.
Da mesma forma, uma área de produto pode usar os dados de clientes compartilhados na rede para desenvolver uma solução sob medida para o público e aprimorar produtos/serviços do portfólio.
Já as equipes de atendimento e customer success têm toda a informação de que precisam para selar o sucesso da experiência do cliente e garantir sua fidelização.
Com todas as áreas integradas e explorando as oportunidades dos dados, a empresa consegue entregar uma experiência personalizada aos clientes em todos os pontos de contato — desde a prospecção até o pós-venda.
5 dicas para criar uma cultura Data-Driven na sua empresa
Criar uma cultura data-driven é uma tarefa que leva tempo e requer mudanças estruturais, comportamentais e estratégicas dentro da empresa.
Veja algumas dicas para começar o processo no seu negócio.
1. Crie uma estrutura de dados
O ponto de partida para criar uma cultura data-driven é estruturar os dados no seu negócio e implementar soluções para coletar, armazenar, processar e interpretar as informações.
O grande desafio é conectar diferentes fontes de dados (registros de clientes do CRM, dados de vendas, dados do ERP, pesquisas de mercado, etc.) e utilizar ferramentas capazes de cruzar toda a informação da empresa, como as plataformas de gestão de dados e softwares de BI.
Nesse processo, é importante investir em segurança da informação para proteger os dados do negócio, garantir a qualidade dos registros e buscar maneiras de tornar as informações claras e acessíveis.
2. Garanta o acesso aos dados para todos
A cultura data-driven só funciona quando todos os colaboradores conseguem acessar dados de forma simples e rápida.
Para isso, é preciso investir em soluções e ferramentas que facilitam o uso dos dados e oferecem a visualização de dashboards e gráficos amigáveis.
Além disso, é importante se basear no conceito de “self service BI”, que é basicamente a facilidade de acesso aos dados com interfaces intuitivas, de modo que qualquer colaborador consiga “se servir” de dados no sistema.
3. Invista na requalificação
“Requalificação” é um termo em ascensão no mundo dos negócios, que significa treinar os colaboradores atuais para lidar com as novas tecnologias em vez de substituí-los.
Para construir uma cultura data-driven, é fundamental capacitar as equipes para dominar as tecnologias de análise, extrair conhecimento dos dados e aproveitar ao máximo seu potencial.
O objetivo é garantir que todos os profissionais tenham uma visão orientada à tecnologia, métricas e analytics, além de possuírem o “espírito pesquisador” típico dos analistas de dados.
4. Use os métodos ágeis para consolidar a cultura
Os métodos ágeis são os mais indicados para aplicar a cultura data-driven no seu negócio.
Afinal, a gestão de uma empresa orientada a dados precisa ser muito mais rápida, flexível e dinâmica — e muito menos burocrática e hierárquica.
Com o uso de metodologias como Scrum (gestão ágil e iterativa de projetos) e Lean (gestão enxuta), você consegue compartilhar mais conhecimento entre as equipes, reunir times multidisciplinares, tomar decisões em tempo real e de fato colocar os dados no centro dos projetos.
Além disso, os métodos rompem com os “silos organizacionais” e integram todas as áreas do negócio, possibilitando uma visão transversal de dados.
5. Priorize a liderança Data-Driven
Os líderes têm um papel central na construção e consolidação da cultura data-driven em qualquer empresa.
Eles não devem apenas comandar a mudança dos processos diários, mas também inspirar e engajar os colaboradores a adotar uma visão orientada a dados.
Para que as pessoas mudem seus hábitos e adotem novos métodos de trabalho, é preciso convencê-las de que esse esforço vale a pena e traz muitas oportunidades de evolução profissional.
Por isso, cabe ao líder dar o exemplo e mostrar como as decisões pautadas em dados podem impulsionar o crescimento do negócio e a carreira de cada um dos colaboradores.
E então, ficou interessado em implementar uma cultura Data-Driven?
Para começar, você pode experimentar o poder do marketing orientado a dados e comprovar os resultados no seu negócio.
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Nos vemos por lá!
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